terça-feira, 1 de março de 2011

Robinho é "obrigado" a usar Nike. Quem paga o prejuízo?

Robinho e a Nike estão em litígio. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Nike acionou a Justiça da Holanda - onde fica a base européia da empresa - para fazê-lo voltar a exibir sua marca. Essa decisão foi tomada após o atacante do Milan ter ocultado o logo da empresa em suas chuteiras em partidas realizadas em dezembro do ano passado.
Robinho e seus advogados entendem que o vínculo com a empresa terminou em dezembro de 2010 e foi renovado de forma arbitrária. A Nike sustenta que o documento, assinado pelo jogador em 2005, prevê renovação automática até 2014.
No dia 04 de janeiro, após uma audiência em Amsterdã, Robinho perdeu. E se viu obrigado a usar novamente os produtos da marca. O descumprimento dessa decisão custaria ao jogador uma multa de € 300 mil por dia. Esse valor não está previsto em contrato, mas a Justiça holandesa estipulou o valor.
O contrato entre as partes tem duas versões, que seriam contraditórias: pelo texto em português, Robinho e Nike deveriam negociar a renovação em dezembro de 2010; já em inglês, o documento confere à empresa americana o direito de prorrogar o vínculo por mais quatro anos, pelos mesmos valores acertados em 2005. No entanto, em caso de dúvida, a última é a que prevalece.
O agente Wagner Ribeiro, que administrou a carreira de Robinho entre 2002 e 2008, admitiu que errou no momento de assinar o contrato de patrocínio do atacante com a Nike.
Ribeiro afirma que "não deveria ter aceitado o contrato" e que não deu a devida importância à "ambiguidade" dos idiomas.
Diante disso fica a questão: como um dos maiores empresários/agentes de futebol não deu a devida importância em relação ao contrato? É compreensível que Ribeiro não saiba de tudo e nem deveria saber, mas faz-se necessário que um atleta do porte de Robinho seja melhor assessorado! Criar um Staff, com ótimos advogados, consultores de imagem ou assesores de imprensa e até mesmo secretários para estrelas do esporte é mais que mimos ou regalias. A importância que os atletas têm para seus clubes, torcedores e patrocinadores não podem ser relegadas a segundo plano.
Os jogadores devem pensar melhor em quem vão confiar o futuro de suas carreiras e também o seu dinheiro!

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