terça-feira, 2 de novembro de 2010

Premier League lidera em patrocínio nas camisas

Um estudo da Sport+Markt relatou aumento de 18% nos valores referentes ao patrocínio no uniforme recebidos pelos times das seis maiores ligas nacionais de futebol da Europa.
Segundo o relatório, chega a 470, 7 milhões de euros (cerca de RS1,1 bilhão) o total investido por marcas nos clubes que disputam as primeiras divisões dos campeonatos da Inglaterra, Alemanha, Itália, França, Espanha e Holanda. Em relação ao estudo anterior, houve um incremento de 75,2 milhões de euros (aproximadamente R$ 177 milhões).
A liga inglesa, chamada de Premier League, continua no topo dentre as mais ricas, respondendo por mais de um quarto do montante. Juntos, seus vinte clubes recebem por ano aproximadamente 129 milhões de euros – uma alta de mais de 50% em relação aos 84 milhões de euros faturados anteriormente.
Entre os principais acordos que levaram os clubes ingleses à liderança, estão os de Manchester United e Liverpool, que fecharam com a corretora de seguros AON e o banco Standard Chartered, respectivamente, totalizando um aumento de R$ 56 milhões para cada um.
A liga alemã (Bundesliga), com 118,5 milhões de euros, e a Séria A, da Itália, com 65,9 milhões, vêm a seguir.
A Serie A foi a única liga do top cinco a registar uma queda nas receitas em relação ao ano passado. Em 2009-10 os clubes italianos receberam 74 milhões de euros pela publicidade nas camisas. Este queda é devida, em parte, ao fato de clubes como a Lazio e Fiorentina estarem, atualmente, sem patrocinador nos uniformes.
A grande novidade do estudo é que, pela primeira vez, a liga da França (Ligue 1) aparece à frente da liga da Espanha (La Liga). Enquanto os times franceses somaram 58,8 milhões de euros em patrocínios, os espanhóis arrecadaram 57,5 milhões de euros.
Com 42 milhões de euros, a liga holandesa (Eredivise) tem os clubes com as camisas menos valorizadas pelas marcas.
“A Premier League é o modelo no que diz respeito a patrocínios nas camisas na Europa e representa a plataforma mais visível para as empresas internacionais que querem investir no futebol”, sublinha o diretor da “Sport+Markt” no Reino Unido, Gareth Moore, destacando que as empresas financeiras passaram ao lado da crise enquanto as empresas de apostas também fizeram uma contribuição significativa para o aumento das receitas com os patrocínios.
“As apostas e o jogo ajudaram a trazer receitas significativas para os clubes de futebol europeus, em tempos economicamente adversos. Em consequência da liberalização das empresas de apostas no mercado francês e, possivelmente no futuro, na Alemanha, os números do próximo ano no setor poderão ir ainda mais adiante”, acrescentou o responsável.
Em Espanha, a maioria dos clubes ainda não consegue atrair patrocinadores lucrativos. O Real Madrid renegociou em alta o contrato com a empresa de apostas online Bwin, mas há também o caso particular do Barcelona, que escolheu pagar 1,5 milhões de euros por ano para ter a Unicef no uniforme.

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